Dia do Teatro: Arte que surge na Grécia se faz presente até atualidade

No sábado, dia 19 de setembro, é comemorado o Dia Nacional do Teatro, data importante que homenageia os profissionais do setor, que vão desde o diretor de uma peça até o bilheteiro, responsável em vender os ingressos para o espetáculo. Para contextualizar, pode-se dizer que o teatro sempre esteve presente na história da humanidade, desde que o homem começou a se comunicar, expressar sentimentos, contar histórias e por aí vai. Oficialmente, a arte da dramaturgia surgiu na Grécia, em meados do século VI a.C., expandiu-se para a Roma, porém diferente da Grécia, que seguia um caráter sagrado, o teatro romano visava a diversão, o entretenimento, a comédia. 

Desde então, passando por diversas eṕocas da história, como a Idade Média, o Renascimento, Romantismo, Realismo… e chegando no período atual, o teatro se reinventa cada vez mais. E, a cada ano que passa, pode-se dizer que é uma arte extremamente rica, cheia de cultura e importante fonte de conhecimento. Da ópera aos palcos online que podemos acompanhar neste ano, por exemplo, os espaços se reinventam, com influências diferentes e novas formas de fazer arte. 

A professora e diretora teatral, Dani Caldeira, nos contou sobre como é ser uma profissional da área. Ela é assessora co-fundadora do Instituto Negra Voz (INV), uma escola de canto e teatro, localizada em São Paulo, no bairro da Bela Vista. Lá, os alunos que pretendem iniciar uma carreira como atores e, também, como cantores, podem participar do seu curso autoral e inédito, chamado “Teatro para Cantores”, onde ela ensina técnicas de expressão corporal e aspectos da linguagem teatral. “Trabalho com técnicas de expressividade do ator, conceitos e outros aspectos da linguagem teatral. O cantor passa a interpretar com mais verdade e plenitude as canções que canta”, diz. Durante o período da quarentena no estado, as aulas são feitas apenas online, mas isso não atrapalha nem um pouco a produtividade dos alunos. Dani também conta que não há nenhuma diferença técnica entre uma aula de canto “tradicional” e a voltada ao teatro. Mas, que a diferença está na projeção de como o aluno utilizará a sua voz. “O método é o mesmo, seguimos o Sistema Sete Passos Isabêh, autoral da escola, mas, a principal diferença está em como os atores utilizam o modelo de ressonância e registros vocais específicos. Além disso, com os atores não trabalhamos ornamentação vocal, pois a ‘palavra’ da canção é o texto, ou seja, para ficar em evidência precisa ser cantada em modelo silábico-melódico, quase como uma ‘fala cantada’”. De acordo com ela, o conteúdo das classes são de acordo com o espetáculo que apresentarão, seguindo a concepção da montagem e a temática da peça no decorrer das aulas. “Os cantores dos cursos seguem o Sistema Sete Passos de Isabêh sequencialmente e, os em treinamento de palco seguem os roteiros dos shows e o repertório a ser preparado”. 

Para quem tem interesse em mergulhar no teatro e performance de palco, a caminhada é longa e desafiante, mas, a professora garante que é cheio de vitórias. “Em Arte, há um belo e árduo caminho a ser seguido. Desafios são inúmeros, entre eles, sobreviver financeiramente, manter-se antenado e atualizado em conhecimento, estudar, praticar e, atualmente, usar a criatividade em meio às restrições da pandemia. Muitos desafios, mas pode ter certeza que é um caminho cheio de conquistas”, conta. 

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