Sequência de Classe: a história de “Como eu Quero”

Se no hit Every Breath You Take, Sting confessa seguir “cada suspiro de seu amor” de uma forma compulsiva, a composição Como eu Quero – lançada um ano após o sucesso do The Police – pode ser considerara uma espécie de versão do Rock-BR para o tema ‘dominação’.

Com produção impecável de Liminha, a balada do Kid Abelha se apoia com habilidade na doçura da voz de Paula Toller para encobrir as “verdadeiras intenções da protagonista”, demonstradas nos versos da música.

A história de Como eu Quero

Composta principalmente por Leoni e Toller (na época, casados), Como eu Quero quase não entra em Seu Espião – álbum de estreia do Kid Abelha no pop.  

O saxofonista George Israel dá sua versão para a entrada triunfante do hit de 1984:

“Diz a lenda que a letra foi achada no lixo no estúdio (Never Cry, localizado no Rio de Janeiro), porque ela, por pouco, quase fica fora do disco”, relembra o músico.

“O refrão dela era triste, mas a melodia era ótima. O Liminha via potencial na faixa, então decidi escrever um novo refrão para ela, bem no dia anterior às gravações”, revela Israel.

"Amor possessivo"

“Como eu Quero é sobre uma história real’, afirma Leoni no especial Por Trás da Canção. “Nunca falei, mas acho que sei quem são as pessoas da letra… Na verdade, era uma menina que nós conhecíamos. Ela não queria que seu namorado fosse músico”, completa o compositor, se referindo ao guitarrista Pedro Farah, que deixou o grupo antes da gravação do álbum.

“O mais incrível foi o seu sucesso. As pessoas achavam que era uma música de amor, mas na verdade era sobre controle, comenta Leoni. “Como eu Quero tocava o tempo todo, em todas as rádios, e continua tocando até hoje”, celebra.

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